Pudim: Sou o DJ Pudim, ex-Sabotage e Trilha Sonora do Gueto. Comecei em
Deí: É possível viver de rap no Brasil?
Pudim: Rap a gente faz por amor. Não tem como viver com o rap. Poucos sobrevivem nele.
Deí: Além de seu desempenho como DJ e produtor musical, o que mais você faz?
Pudim: Tenho uma loja de lan house aqui na quebrada.
Deí: Com o fechamento da última fábrica de vinil no Brasil a única alternativa seria o serato?
Pudim: Sim, o serato agora é a opção e tem, também o mix vaber - http://www.youtube.com/watch?v=9pXBT3-QJtg
Deí: Você trabalha com o serato? O que acha deste equipamento em comparação ao tradicional vinil?
Pudim: Não uso, ainda. Usei o final scratch.
Deí: Foi informado no perfil de orkut do Cascão que ele teria voltado a cadeia para pagar alguma diferença com a justiça. Como está o T$G na ausência do Cascão?
Pudim: Não muito,mais o Trilha é forte... e logo mais tá de volta.
Deí: Tem previsão para ele sair?
Pudim: Ele já está na colônia, pelo que me falaram.
Deí: O jornalista José Luiz Datena, o empresário Celso Athayde (um dos fundadores da CUFA), o pastor Edir Macedo entre outros profissionais da grande mídia tiveram seus nomes negativamente mencionados em algumas músicas do T$G. Vocês já tiveram problemas por conta disso?
Pudim: Isso só o Cascão responde. Eu não. Ele que fez as letras que sabe onde quis atingir.
Deí: Você já teve problemas com a polícia por causa de músicas do T$G?
Pudim: Não. Antes eu já tive.
Deí: Você se considera um vida loka? Gostaria que você definisse um vida loka, já que em muitas ocasiões o termo está associado a vida do crime.
Pudim: Não. Então, isso também só o Cascão pode falar.
Deí: em várias ocasiões surgiram rumores de que o T$G estaria desmembrado, mas com o lançamento do último CD a gente viu que não passavam de boatos. Mesmo com a ausência do Cascão, o T$G tem feito shows?
Pudim: Sim. Normal, pelo que eu sei.
Deí: Hoje, na 105 FM de Jundiaí, uma das principais rádios responsáveis pelo crescimento do Hip-Hop no Brasil, para ter sua música na programação é estipulado um valor, independente da qualidade ou talento musical; o famoso “jabá”. Estaria, por isso, o rap deixando de ser um som de favelados e periféricos, já que a maioria que se identifica com as músicas são de baixíssima renda e quem tem maiores condições estaria levando alguma vantagem por cima disso?
Pudim: Ajuda pra caramba. Só que é o seguinte, dinheiro é osso pra chegar e pagar. Mas os cara lá tão fazendo o trabalho deles. Eles tem família, também, pra sustentar. Então, a gente que quer chegar em algum lugar temos que se valorizar, não ficar criticando e fazendo musica assim. Primeiro temos que estudar música pra depois falar de coisa assim. Tipo, eu não tenho dinheiro. Então não é gostar, e sim se valorizar primeiro.
Deí: Você acha que o rap brazuca perdeu a essência dos anos 90?
Pudim: Sim. Perdeu as coisa que já tinha. Tinha uma coisa boa e não foi pra frente pelos motivos de não acompanhar a tendência, ficar com a cabeça só em um foco. O rap, mesmo, se prendeu na mesma.
Deí: Antes do sucesso, o T$G abria shows do Racionais. Qual a sua relação com os integrantes do grupo Racionais, hoje?
Pudim: Boa. Cleber, Ice Blue, Edi Rock e o Mano Brown e os outros manos, também, da equipe deles.
Deí: Quais seus projetos futuros e em andamento, como DJ e produtor musical?
Pudim: É me aposentar depois do DMC. Brincadeira.
Deí: Fique a vontade para deixar o seu recado e, desde já, obrigado por ter sido o primeiro a conceder uma entrevista ao Blog do Deí. Se tiver algum show em mente, quiser divulgar algum evento, fique a vontade.
Pudim: O movimento Hip-Hop é tudo nosso!!! Antes, vamos tomar conta pra não deixar nas mãos dos cara que não são do movimento... Os boy!!! Vamos pra frente e definir o que queremos pros nossos filhos.
Deí: Como diz o Brown, "família em primeiro lugar", né! Agradecidíssmo pela atenção, Pudim! Mas deixa um telefone ou o e-mail para contatos.
Pudim: djpudim@hotmail.com ou (11) 37688285
Sobre DJ Pudim
DJ Pudim iniciou sua carreira em 1988 em pequenas festas e eventos de sua comunidade. Seu talento e paixão pelos toca discos, além de suas técnicas e performances notáveis, lhe renderam destaque e popularidade e, em 1992, iniciou sua parceria com o grupo Controle de Posse. Já em 1999, tocou com grandes nomes do cenário Hip-Hop como RZO e Sabotage e em 2003 com o Trilha Sonora do Gueto no qual, durante quatro anos, trabalhou em parceria com o grupo Racionais MC’s fazendo a abertura dos shows. No ano de 2004, como integrante do Trilha Sonora do Gueto, participou com o cantor Marcelo D2 da abertura do show de turnê do rapper americano 50 Cent no estádio do Pacaembu
Um comentário:
DJ PUDIM MUITO HUMILDE ADMIRO BASTANTE O TRABALHO DELE !!
E É UM CARA QUE CONCERTEZA MERECE TODO SUCESSO EM SUA CARREIRA..
ABRAÇOS
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