sábado, 5 de agosto de 2017

Nem Todo Pedinte é Ordinário

Todo o dia e toda a hora, quando não ligam no meu celular pedindo ajuda ($$$), no semáforo, na rua ou em estabelecimentos comerciais, sempre aparece alguém me pedindo dinheiro. A maioria, que eu já percebi, são usuários de drogas. Quando tô com moedinhas no bolso e a pessoa que pede aparenta ter saúde e ser jovem, as vezes dou 5 ou 10 centavos, só pra não dizerem que sou mão de vaca. Com alimentos, é diferente. Não penso duas vezes pra ajudar.
A mim, ninguém se oferece de ajudar. Sempre me viro e nunca precisei pedir. Graças a mim. Só não sei o dia de amanhã. Peço a Deus que eu não caia numa situação dessa. É humilhante.
Ontem à noite, enquanto eu entrava num Super Mercado, uma mulher com um bebezinho no colo me pediu para eu pagar salgado pra ela e a irmã. Fui lá e peguei. Deu dó. Enquanto eu pagava, ela me pediu para, ao invés de pegar o salgado, que desse o dinheiro para ela comprar passagem. Não deu tempo nem de pensar. Só falei que não tinha mais dinheiro. Ela pegou os salgados, junto com a irmã, saíram e nem agradeceram. Beleza. Quando saia do estabelecimento, lá estava ela, de novo, pedindo dinheiro para as pessoas que passavam ali. Ela me viu e disfarçou. Se ela não jogou os salgados fora, eu nem falo nada.

Por causa de pessoas velhacas assim, quem precisa de ajuda de verdade, acaba sendo ignorado.