sábado, 19 de novembro de 2011

Consciência Negra


Consciência negra eu tenho todo o dia, quando me levanto, depois de uma noitada de sono. Ontem, de madrugada, durante um rolezinho de final de semana, uma amiga me disse que sou moreno, como se ser negro fosse uma anormalidade. Discordei dela, falei que pra mim, ou é negro ou é branco; e meus traços físicos (cabelo crespo, nariz achatado, lábios grandes...) não me deixam mentir. Algumas delas ficaram sem o que falar, já que esperavam uma aprovação de minha parte. Logo mudamos de assunto e a noite rolou.
Eu, graças a Deus, não tenho mais problemas com o racismo. Isso, porque eu sei me por no meu lugar, respeitando e exigindo o respeito, principalmente de meus inimigos (racismo e preconceito racial são formas de desrespeito, também).
Racismo, pra mim, é um problema familiar. Se uma criança é racista com o coleguinha na escola, esse sentimento de superioridade foi passado por algum familiar. Ninguém nasce racista. Mas, qual o sentido do racismo, já que está mais do que comprovado que a raça é humana e apenas nos dividimos por cores, originários de diferentes regiões? Na verdade, o racismo contra negros é uma frescura sem sentido. Encaro isso como inveja do negro, que está se mostrando ser muito mais do que foi ensinado. Inveja ou burrice, mesmo, já que, por mais que você prove pra algum racista que o negro não é inferior ao branco, poucos conseguem entender.
Não existem provas consistentes sobre a existência de Zumbi dos Palmares, e pelo que já li sobre ele, não entendo como ainda o chamam de herói. Mas nem me deixo levar por falsos historiadores. A minha realidade sou eu quem faço.