sexta-feira, 11 de julho de 2008

Sou do povo, mas não sou bobo


Político é tudo igual, só muda a casca da serpente. Acredito em qualquer um deles da mesma forma que acredito em Papai Noel, em duendes, em óvnis, no dízimo do pastor e por aí vai. Fazem do país um grande circo onde o palhaço... é o povo bobo, acomodado e domesticado com um saco de ração do lado do rabo. Cuidam do nosso suado e sofrido dinheirinho como se fosse deles. Se tá desse jeito, a culpa é de quem? Quem botou eles lá? A maioria se vende por saquinhos de leite (como acontece em minha cidade), sacos de ração e cimento, caixas de cerveja... Depois tem que agüentar mais 4 anos e não vem reclamar!!! Dá licença. Faz mais de 10 anos que anulo meu voto para não optar entre o pior e o menos pior (na política melhor, só o mais bonzinho que agrada até a oposição). Como é ano de eleição, já tem uns engravatados dando as caras nas vilas distribuindo presentes, oferecendo ajudas e doando esperanças de montão! Prometem, prometem, prometem... O que eles querem com isso, além de seu voto? Nada! Pobre só tem valor, pra eles, em época de eleição. O cara não faz nada quando tá na gestão, a não ser chamar a polícia quando algum pagador de impostos vai reclamar na Prefeitura. Mas neste ano é diferente, já que é o povo sofrido e suado que os elege. Oferecem favores, que na verdade deveria ser chamados de obrigação (afinal, ele está sendo pago por isso e muito mais) e, com isso o povo esquece de tudo de ruim que eles fizeram. Êta povinho... Não desgruda a bunda gorda do sofá da sala; sabe de tudo o que acontece na novela das 9, no quintal do vizinho, mas não sabe o que acontece com ele mesmo em sua própria casa, cidade, Estado ou país. Sou do povo, mas, felizmente eu não faço parte dessa estatística.

Matéria interessantíssima sobre política, abaixo. Vale a pena ler.

"Políticos usam o dinheiro público como se fosse seu", diz Roberto Romano

Os 81 senadores da República ganharam um reforço. Sem alarde, a Mesa Diretora do Senado aprovou a contratação, sem concurso público, de mais 90 funcionários com salário de R$ 9.979,24 para trabalhar nos gabinetes dos parlamentares e também nas lideranças partidárias. Cada senador poderá empregar um novo funcionário ou, se achar melhor, dividir o salário entre os novos contratados. Quase R$ 1 milhão a mais de gastos para a Casa.
Professor titular de ética e filosofia política na Unicamp, Roberto Romano afirma que o país hoje vive uma situação 'interessante', com um regime que não é mais nem República, nem democracia. "A oligarquia está funcionando a pleno vapor", diz o filósofo, que cita o jurista francês Jean Bodin para explicar o que os parlamentares estão fazendo. "Bodin dizia que tirano é aquele que usa os bens dos governados como se fossem seus. Os políticos usam o dinheiro público como se fosse seu."Sobre a operação da Polícia Federal que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito Celso Pitta e o investidor Naji Nahas, Romano contou que em encontro com o ministro-chefe da CGU conversaram sobre o aumento do combate à corrupção, mas que apesar dos esforços, não temos ainda estabelecido um mapa dela. "A imprensa, o Ministério Público, a polícia, descobrem diacronicamente escândalos, mas eles continuam a operar sincronicamente", analisa o filósofo. "Enquanto um está preso, o outro segue delinqüindo."
"Não existe mais fé pública no Brasil. Estamos à beira de uma catástrofe em termos de vida política nacional. A Polícia Federal tem feito um bom trabalho, chegado às fontes, mas tem sido prejudicada pela prepotência de alguns delegados. E a Justiça está dando muitas mancadas", conclui.Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/07/10/ult23u2521.jhtm

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