Após passar 35 anos preso, pagando por um crime de estupro que não cometeu, James Bain, que é negro, foi inocentado e libertado ontem (17/12) de uma prisão da Flórida, após um teste de DNA. Para os jornalistas, ele, que hoje está com 54 anos, disse que tem um Deus e que não está enojado pelo que aconteceu. Existe uma lei, na Flórida, que “permite a reabertura de casos para a realização de exames de DNA, mas Bain teve essa possibilidade negada apesar dos vários pedidos feitos por seus advogados. Finalmente, uma corte de apelações reconheceu seu direito e abriu o caminho para que sua inocência fosse provada.”
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u668277.shtml
Não há dinheiro no mundo que apague todo o sofrimento que esse homem passou, mas, cá entre nós, será que se ele fosse rico ou branco, teria perdido todo esse tempo de vida na cadeia? Imagina o que este homem não deve ter passado no meio de tantos criminosos que não tem nada a perder, entre ladrões, psicopatas, estupradores e assassinos nestes 35 anos. Sabemos, pelo menos nas cadeias do Brasil, que estupradores não são bem-vindos, mesmo. Pagam, muitas vezes com a vida, por isso; além da humilhação e da violência inevitável, que forçam muitos deles a cometerem suicídio. Só Deus, mesmo para dar forças numa situação como essa. Se não fosse, James Bain acabaria como Leila Lopes, que mesmo tendo tudo e todos nas mãos, não deu valor algum a vida e se suicidou covardemente na semana passada. Imagina, agora, quantas pessoas que não tiveram possibilidades de provar sua inocência contratando bons advogados ($$$) para acompanhar o processo, devem estar embolorando na cadeia ou prestes a serem eletrocutados. Não é a toa que o pobre, quando vai preso, quando sai, fica mais pobre do que quando entrou. Já deu pra ter uma idéia porque que pena de morte não funciona no Brasil, onde o rico mata e é arriscado o defunto ir pra cadeia, né?! Essas coisas me tiram do sério, mas deixa pra lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário