TÔ REPOSTANDO ESTE TEXTO, CRIADO ALGUMAS HORAS APÓS A MORTE DE MICHAEL (26/6), JÁ QUE ELE SIMPLESMENTE SUMIU DO BLOG! ESTRANHO, NÉ?!
Nasci em 1972, ano que saiu o álbum Ben (deve ser por isso que gosto tanto dessa música), de Michael Jackson, ainda no Jackson Five. Acho que dentro da barriga de minha mãe eu já escutava Roberto Carlos, Jorge Ben, Jackson Five... Lembro de um dia que eu, nenenzinho muito novinho, num carrinho de bebê, fui com meus pais a um circo, onde tocou Happy, na voz de Michael Jackson. Além dele e seus irmãos, pouquíssimos negros apareciam na televisão, naquela época (meus pais não tinham tv; então eu assistia tudo na casa de minha falecida avó, a Madrinha). Mussum dos Trapalhões, Os Originais do Samba, Pelé, Gilberto Gil, Grande Otelo entre outros negros eram alguns destes artistas.
No começo da década de 80, só se ouvia músicas de Michael Jackson, tanto no rádio como na tv. Lembro que meu pai ganhou uma sonata e alguns discos, e uma das músicas era Ben, cantada por Michael. Que saudades! Fizeram até um concurso de imitadores dele que elegeu a “Maica Jeka”, como a melhor imitadora nos programas Barros de Alencar e Raul Gil. Quem viveu a época deve se lembrar disso. Nessa época, surgiu o grupo New Edition, que diziam ser plágio do Jackson Five. O grupo acabou com a saída de Bobby Brown (ex-marido de Whitney Houston), mas deixou sucessos como Candy Girl e Is The End. Eu era crente de que os cantores Lionel Ritchie e o Prince eram irmãos de Michael. Mais tarde descobri que não. Após o lançamento de Thriller, acho que todas as crianças queriam ser o preto Michael Jackson. Hits como Beat It e Billie Jean tocavam direto nas rádios. O vídeo clipe Thriller passava todos os dias no programa Cliptonita, que era exibido em meados dos anos 80 na Record. Virou febre! Não se falava em outro artista, senão no grande Michael. No mesmo ano que lançou o álbum mais vendido da história, Thriller, Michael sofreu graves queimaduras durante um comercial da Pepsi, dando início as plásticas que mais tarde o deformariam, gerando vários comentários maldosos. Percebia-se que ele estava embranquecendo! Ou endoidando de vez. Deve ter virado piada na boca de idiotas racistas. 1985 vieram sucessos como We Are The World (USA For Africa), o estilo break dance, concursos de dança de Michael... Em 1987, após o lançamento do álbum Bad, com Michael bem mais claro que o normal e com o nariz bem mais afinado, aos poucos ele foi perdendo a graça, pelo menos pra mim; inclusive depois de ser acusado, em 1993, de pedofilia. Jackson mostrou para o mundo que, quando o rico abusa de crianças ou mata alguém é arriscado a vítima ir pra cadeia. Nunca foi preso. Peguei nojo dele.Além de ter reforçado a idéia de que ser preto é pecado, ele era pedófilo. Lamentável.
Preferia ele quando tinha o nariz achatado, tinha a pele mais escura do que a minha, tinha o cabelo pixaim, dançava pra caramba influenciando tantos artistas ou estilos musicais como o break dance... Falando em break dance, minha próxima mixtape será deste gênero, em homenagem a Michael Jackson (em breve no Blog do Deí). Poderiam falar o que quisessem dele, mas de música ele era bom demais!
Ontem a noite, enquanto eu acabava de mixar uma vinheta, minha filha, que estava assistindo o Jornal Nacional, me chamou para falar que o astro Michael Jackson tinha morrido. Não acreditei na hora, mas fui até a sala pra ver. Infelizmente era verdade. Michael Jackson morreu aos 50 anos. Tinha agendado 50 shows, mas não deu tempo de fazer nenhum. A música preta só perdeu com isso. Mas a vida é assim, mesmo. A única coisa que nós temos certeza é que quase tudo um dia vai acabar; principalmente nós.
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