“Amigo nem sempre é esse que sorri quando te vê, e sim aquele que chora junto com você”... ( http://www.badongo.com/file/9706212 )
Pra mim, esta frase define bem o contraste entre o amigo e o inimigo não-declarado. Amigo, pra mim, é a pessoa que em horas boas ou ruins, se aproxima de você sem o mínimo de interesses; te dando ouvidos, atenção e até te corrige, se for preciso. Alguém que você sabe que pode confiar, por mais distante que ele pareça estar. Isso pra mim não tem preço. Procuro ser grato e preserva-los, já que amizade verdadeira é para toda a vida e está cada vez mais em falta.
Inimigo não-declarado já é o oposto de tudo isso. Sua alegria é tristeza pra ele. Tipo aquele que te sorri amarelo até que você precise dele. Tudo pra ele está bom; mesmo que você esteja correndo risco de vida, ele te apóia no erro até a sua morte. Depois, ainda vai chorar na beira do seu caixão. Se diz “amigo” quando tudo parece estar numa boa. Ou seja, é amigo nas horas oportunas, porque nas horas difíceis ele até disfarça para não te ver, com medo de você lhe pedir um favor. Quando ele tá com problemas, te procura, mas quando você precisa dele, te deixa falando sozinho.
Do seu lado, ele é seu irmão, mas do lado de quem não gosta de você, ele te despreza ou compra as dores de seu inimigo. Ué?! Abraçou idéia de meu inimigo, que não tem nada de bom pra falar de mim, apesar de várias qualidades que possuo, nem me deu ouvidos e ainda diz estar do meu lado?! Não entendi! Isso, pra mim, é a maior demonstração de falsidade; motivo para botar um ponto final na relação de amizade. Amigo de verdade não despreza. Ou tá do meu lado ou não tá. E se tá do lado de meu inimigo, amigo meu não é. Não existe meio-termo quando o assunto é amizade. O respeito vem sempre primeiro. Muita gente fala que não tem nada a ver, mas é assim que tem que ser, sempre. Já diz um velho ditado que, “quando a esmola é demais, o santo desconfia”. “Colecionar falsos amigos não é comigo. Eu já nem sei te dizer quem é meu inimigo”... ( http://www.4shared.com/file/78220001/28df07f6/23_De_-_ltima_Faixa.html )
Não faço conta de perder esse tipo de amigo, não. Quando eles disfarçam para não me cumprimentar, eu faço o mesmo, mas permanentemente, já que chumbo trocado não dói. Depois fica aquele chororô, tipo, “o Deí virou a cara pra mim. O Deí é orgulhoso. O Deí é isso, aquilo”... Mas não conta que quem pisou na bola, primeiro, foi ele, como se pimenta só ardesse nos olhos dos outros.
Talvez por eu ser sincero demais, isso faça de mim um cara de poucos amigos (antes só do que mal acompanhado). Só os verdadeiros que restaram depois disso.
Inimigo não-declarado, pra mim, é uma forma carinhosa de eu me referir aos inimigos camuflados, disfarçados de amigos; são simpáticos até conseguirem o que querem. Depois que te passam o rodo, eles ainda saem rindo da sua cara. Como esse tipo de amizade não acrescenta em nada na minha vida, acho que não estarei perdendo, com esses tipos. Ou é amigo ou não é.
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