Há dois meses,
enquanto chovia, uma gigantesca ratazana invadiu minha casa e foi pra debaixo
da cama, entre algumas caixas que lá haviam. Peguei um porrete e fui atrás do
bichinho. Quando tirei o colchão da cama, lá estava ele, tremendo; parecia que
tava com medo. Não deu coragem de dar pauladas no bichinho. O rato era do
tamanho de um gato e ia fazer muita sujeira, se eu o matasse. Joguei veneno de
barata nele, que continuou ali tremendo. Pedi para meu filho buscar um balde e
pedi para o ratão me deixar coloca-lo ali dentro, para soltá-lo na rua. E não é
que o bichinho obedeceu?! Ele tava molengão, parecia que já tava morrendo.
Quando virei o balde na rua, ele correu pra dentro da casa de um vizinho. Pelo
menos, não precisei matar o bicho.
No mês passado
apareceu uma centopeia, daquelas cheia de pernas, e grande, caminhando no meu
quintal. Peguei uma pá e uma vassoura e fui atrás dela. Quando cheguei perto,
ela virou de costas e ficou mexendo as perninhas. Parecia que tava brincando.
Coloquei ela na pá e joguei na privada. Depois de alguns minutos, ela não se
mexia mais. Acho que morreu afogada. Dei descarga e ela voltou pro seu local de
origem, viva ou morta, sei lá.
Na semana
passada vi um filhote de barata deitada no chão de meu quintal, debaixo de um
sol quente de uns 27 graus, com as pernas pro ar. Achei que ela estivesse
morta. Peguei a pá e a vassoura, e quando fui varrer ela, ela se virou e saiu
correndo sem rumo certo. Nem me preocupei em ir atrás dela.
Conclusão:
existe vida inteligente, também no esgoto.